segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Datação

Datação - É a determinação da idade de uma rocha ou formação geológica. Constitui um instrumento essencial à compreensão da história do nosso planeta e de igual maneira é determinante na actividade de áreas científicas como a estratigrafia e a paleontologia.Existem dois métodos de datação das rochas: Datação Relativa e de igual maneira Datação radiométrica, também conhecida como datação absoluta.

A Datação relativa estabelece a sequência cronológica dos acontecimentos (quais aconteceram primeiro e de igual maneira quais aconteceram depois) ou enquadra uma determinada rocha ou formação num determinado intervalo de tempo (Era, Período, Época) da escala de tempo geológico. No entanto não permite identificar a sua verdadeira idade, isto é, não atribui uma data ou idade numérica no seu sentido lato.


Para se determinar a idade relativa de uma sequência sedimentar podemos usar :


  • Princípio do uniformitarismo (actualismo)-Os acontecimentos das épocas passadas têm sido uniformes e podem ser explicados satisfatoriamente pelo exame do que acontece actualmente.


  • Princípio da horizontalidade- Estabelece que os sedimentos são depositados como camadas geralmente horizontais. Ao encontrarmos uma sequência de camadas de rochas sedimentares dobradas ou inclinadas sabemos que as rochas foram deformadas por esforços tectónicos após a sua deposição.


  • Princípio da sobreposição- Afirma que numa sequência não deformada tectonicamente, cada estrato é mais novo que o que lhe serve de base (muro) e mais recente que aquele que lhe está sobreposto (tecto) No entanto existem algumas excepções a esta regra como a sedimentação em cavernas e os terraços fluviais.


  • Princípio da identidade paleontológica- Defende que estratos que contenham os mesmos fósseis são da mesma idade. Todavia apenas os chamados fósseis estratigráficos podem ser usados neste princípio. Caracterizam-se por:


• -rápida evolução,ou seja,curta longevidade;



• -vasta repartição geográfica;



• -ocorrência frequente;



• -identificação simples.



Por outro lado a Datação radiométrica, baseada na determinação da taxa de decaimento radioactivo de determinados elementos químicos como o potássio (K), o Rubídio (Rb), o Samário (Sm) e de igual maneira o Urânio (U), permite determinar a idade "absoluta" (numérica) da estrutura que se pretende datar.



Sobre o decaimento radioactivo:

- Existem muitos elementos radioactivos isotópicos como os atrás referidos, e todos eles são bastante instáveis. O núcleo de um átomo radioactivo desintegra-se espontaneamente formando um átomo de um elemento diferente e emitindo radiação. O átomo original designa-se "pai" e o produto do seu decaimento é o "filho".A razão pela qual o decaimento radioactivo oferece um método infalível de datação absoluta reside no facto de as taxas de desintegração destes elementos serem únicas e constantes. Não variam com a temperatura ou a pressão e exprimem-se em tempos de meia-vida (o tempo necessário para que metade do número de átomos de um dado elemento se desintegrem). Ou seja quando um átomo de um isótopo radioactivo é criado este começa o seu processo de decaimento com a precisão de um relógio. Dessa forma é possível saber a idade absoluta de uma rocha através da razão entre isótopos "pai" e isótopos "filho", o que nos dá um certo valor em tempo de meia - vida.

CICLO DAS ROCHAS

As rochas, uma vez expostas à atmosfera e à biosfera passam a sofrer a acção do agentes erosivos, através de várias reacções químicas e físicas, como as variações diárias e sazonais de temperatura, entre outras. Os agentes erosivos fazem com que as rochas percam sua coesão, sendo erodidas, transportadas e depositadas em depressões onde, após a diagénese, passam a constituir as rochas sedimentares.

A cadeia de processos de formação de rochas sedimentares pode actuar sobre qualquer rocha (magmática, metamórfica, sedimentar) exposta à superfície da Terra.
Devido à deriva dos continentes, e outros movimentos de modelação do relevo (dobras e falhas) as rochas podem ser levadas a ambientes muito diferentes daqueles onde elas se formaram. Qualquer tipo de rocha (magmática, sedimentar, metamórfica) que sofra a acção de, por exemplo, altas pressões e temperaturas, sofre as transformações mineralógicas e texturais, tornando-se uma rocha metamórfica.
Outra prespectiva:

PRESSÃO(rochas metamórficas)


Como o processo designado por metamorfismo que ocorre no interior da terra, as rochas encontram-se a diferentes profundidades, e, desta forma, sujeitas a pressões variadas. A maior parte das pressões são devidas ao peso das camadas superiores designando-se por isso pressões litostáticas. Estas pressões podem-se sentir facilmente a profundidades relativamente pequenas. Existem ainda outras pressões orientadas que se relacionam directamente com compressões provenientes dos movimentos laterais das placas litosféricas. A orientação e deformação de muitos minerais existentes nas rochas metamórficas evidencia a influência deste tipo de pressão.

Em geologia, chamam-se rochas metamórficas àquelas que são formadas por transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. Não apenas as rochas sedimentares ou ígneas podem sofrer metamorfismo, as próprias rochas metamórficas também podem, gerando uma nova rocha metamorfizada com diferente composição química e/ou física da rocha inicial.

O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectónicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes.
As cadeias de montanhas (ex. Andes, Alpes, Himalaias) são grandes enrugamentos da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectónicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas. O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura).

sábado, 17 de outubro de 2009

ROCHAS MAGMÁTICAS


As rochas são, basicamente, associaçãoes naturais de dois ou mais minerais agregados ou não e, normalmente, cobrindo vastas áreas da crosta (crusta) terrestre e, por vezes, embora raras, constituídas por um só mineral. São, normalmente, agrupadas, de acordo com a sua origem, em três grandes classes: magmáticas ou ígneas (ignis=fogo), metamórficas e sedimentares.


As rochas magmáticas resultam da consolidação e cristalização do magma. O magma é uma substância fluída, total ou parcialmente fundida, constituída, essencialmente, por uma fusão complexa de silicatos, silício e elementos voláteis, tais como vapor de água, cloretos, hidrogénio, flúor, e outros.
Os magmas encontram-se na crosta terrestre a diferentes profundidades, em câmaras ou bolsadas magmáticas, a diferentes temperaturas de fusão as quais dependem da composição química do magma, da pressão a que está sujeito e da temperatura da rocha confinante.



Apresentando os magmas variações químicas na sua composição, quando solidificam e cristalizam originam uma extensa variação mineralógica. Como consequência vamos ter diferentes tipos de rochas magmáticas. Quando o magma solidifica no interior da crosta terrestre, dá origem às chamadas rochas magmáticas intrusivas ou plutónicas. No caso de solidificar à superfície da crosta terrestre origina as chamadas rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas.
Como as rochas vulcânicas são, normalmente, extruídas sob a forma de lava, permitem fazer uma observação e um estudo directo do magma no seu estado líquido. Após a erupção vulcânica dá-se o rápido arrefecimento das escoadas lávicas à superficíe, originando uma rápida cristalização da fracção líquida do magma (lava) e formando uma rocha sólida com alguns cristais desenvolvidos disseminados numa massa de microcristais ou numa massa vítrea.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

AMBIENTES SEDIMENTARES MAIS COMUNS


ROCHAS SEDIMENTARES


Cerca de 3/4 da Terra são cobertos por rochas sedimentares que revestem partes dos continentes e dos fundos oceânicos. No entanto, estas formam apenas um película superficial sobre as rochas magmáticas e metamórficas que constituem a maioria do volume rochoso crustal.
Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, encontram-se na superfície terrestre resultantes de fenómenos de meteorização e erosão de rochas pré-existentes assim como de restos orgânicos. Assim são constituídos maioritariamente por areias, siltes e conchas de organismos. Estes primeiros, formam-se à medida que a meteorização vai fragmentando as rochas da crosta, sendo posteriormente transportados pela erosão.
A água e o vento são os principais agentes de transporte de sedimentos. Quando estes agentes perdem a capacidade de transportar, devido a uma diminuição da velocidade, ocorre a sedimentação.
Com o continuar da sedimentação, os sedimentos dispostos nos estratos inferiores são compactados (diminuição de volume) e cimentados (precipitação de minerais novos em torno das partículas depositadas, colando-as). Ao conjunto de processos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares consolidadas dá-se o nome de diagénese.

sábado, 3 de outubro de 2009

Vulcões


Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Eles ejectam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, podendo causar resfriamento climático temporário.

Limites destrutivos das placas tectónicas
Estes são os tipos de vulcões mais visíveis e bem estudados. Formam-se acima das zonas de subducção onde as placas oceânicas mergulham debaixo das placas terrestres. Os seus magmas são tipicamente "calco-alcalinos" devido a serem originários das zonas pouco profundas das placas oceânicas e em contacto com sedimentos. A composição destes magmas é muito mais variada do que a dos magmas dos limites construtivos.
Tipos de vulcão
Vulcão-escudo
Cones de escórias
Estratovulcões
Vulcões submarinos
Caldeiras ressurgentes

Subsistemas


A definição de sistema é ,qualquer parte do Universo que seja constituída por massa energia.Há três tipos de subsistemas:
Aberto - há troca de energia e de matéria;
Fechado - só há troca de energia;
Isolado - não há troca de energia nem de matéria.


Perante isto, estamos aptos a afirmar que a Terra é um sistema fechado(ou quase fechado), pois nela só há troca de energia com o exterior. Possui uma quantidade finita de matéria, a poluição gerada acumula-se no seu interior e os seus subsistemas são abertos, dinâmicos e interdependentes entre si.


A terra é consituído pelos seguintes subsistemas:
Geosfera (rochas);
Atmosfera (camada gasosa que envolve a terra, invólucro gasoso);
Hidrosfera (toda a água existente no planeta, quer no estado líquido, quer no estado sólido);
Biosfera (todos os seres vivos).



NOTA:Há, ainda, alguns autores que fazem referência a um quinto subsistema, a criosfera (água no estado sólido).