segunda-feira, 14 de junho de 2010

Superfícies respiratórias

Brânquias - Órgãos da respiração aquática, também denominados guelras.

Os órgãos respiratórios típicos dos animais aquáticos são as brânquias (protegidas pelo opérculo nos peixes ósseos). A hematose branquial atinge a sua maior eficácia nos vertebrados aquáticos. Em muitos peixes, as brânquias estão situadas em duas câmaras branquiais localizadas de um e do outro lado da cabeça.


Constituição das brânquias: lamelas - dilatações dos filamentos branquiais que contêm os capilares; filamentos branquiais (duplos) inseridos nos arcos branquiais.

Trocas gasosas através das brânquias- A água entra pela boca, passa pelas brânquias e é expulsa pela fenda opercular.


Mecanismo de contracorrente- O sangue flui no sentido contrário ao da água de modo a aumentar a eficiência da hematose branquial. Este mecanismo é muito importante pois a quantidade de O2 dissolvido na água é muito inferior à que existe na atmosfera. À medida que o sangue flui através dos capilares vai ficando cada vez mais rico em O2 e, dado que a água circula em sentido contrário, vai contactando com água sucessivamente mais rica em O2. O gradiente de concentração mantém-se elevado, o que facilita a hematose, por difusão.


Os vertebrados terrestres possuem como órgãos de hematose os pulmões, onde ocorre uma difusão indirecta. Os pulmões dos vertebrados são uma rede mais ou menos complexa de tubos e sacos que varia com a espécie. Os mais complexos são os dos mamíferos.


Pulmão - Órgão respiratório (que absorve directamente o oxigénio livre da atmosfera) onde se realiza activamente a hematose, e que, nos vertebrados superiores, incluindo o homem, é um órgão par, esponjoso e elástico, situado na cavidade torácica.

Trocas gasosas através dos pulmões- Os pulmões são as superfícies respiratórias invaginadas no interior do corpo mais evoluídas que existem. Todos os vertebrados possuem pulmões.

Pulmões com diferentes graus de complexidade- A tendência evolutiva que aponta no sentido de um aumento da superfície do epitélio respiratório. Aves e mamíferos possuem os aparelhos respiratórios mais complexos, seguidos dos répteis e, por fim, dos anfíbios.

As aves têm um metabolismo muito elevado, necessitando de elevadas quantidades de O2. Possuem sacos aéreos (reservas de ar), melhorando a eficácia da ventilação (o ar circula num só sentido e, tal como nas brânquias, contrariamente ao sentido do sangue, o que aumenta a eficiência da hematose). Nos mamíferos, ao contrário das aves, o ar circula em 2 sentidos opostos.

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