quinta-feira, 25 de março de 2010

Palavras da década: Genoma

A palavra entrou de tal maneira na linguagem quotidiana que a tratamos tu cá, tu lá. Para tal muito contribuiu a conclusão do grande projecto de leitura dos seis mil milhões de letras (metade vinda da mãe e a outra do pai) do ADN humano. A leitura de todos os A, T, C e G da molécula de ADN andava a ser feita desde 1990, por um consórcio público internacional. Em 1998, entrou na corrida o americano Craig Venter, e a competição acelerou as coisas. A década arrancou com o tão aguardado anúncio: a 27 de Junho de 2000, na Casa Branca, Venter e Francis Collins, o chefe do consórcio internacional, declaravam, ao lado do Presidente dos EUA Bill Clinton, que estava pronto o primeiro rascunho do genoma, com uma precisão superior a 90 por cento. A 14 de Abril de 2003 a leitura é dada por terminada. Um ser humano tem 30 mil genes (havia estimativas de 140 mil), cuja sequência de A, T, C e G comanda o fabrico das proteínas, os tijolos das células. Afinal, a nossa complexidade não está no número, mas na ligação intrincada entre genes. Nesta década entrou-se também na era da genómica pessoal: cada um de nós pode ler, por umas centenas de euros, uma pequena parte das suas letras, em busca da predisposição para doenças ou dos antepassados genéticos. E por menos de um milhão de euros pessoas como James Watson, co-descobridor da estrutura do ADN, já tiveram o seu genoma todo sequenciado.

REFLEXÃO:Isto prova que não somos um povo inculto e que pode-mos saber muta coisa sobre a ciência.

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